A Petrobras sente o efeito Morales e se apressa a correr contra o relógio, mediante a dinamização dos projetos de construção das plataformas P-55 e P-57, cujas licitações estavam embargadas desde o começo do ano em função dos custos considerados excessivos.
As plataformas foram planejadas para iniciar as operações em 2013, mas a estatal viu-se na contingência de simplificar os projetos das duas unidades e antecipar para 2010 o funcionamento da P-56. As três obras estão incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado pelo presidente Lula.
A instalação delas será na Bacia de Campos, norte do Estado do Rio, devendo produzir petróleo e gás em quantidades suficientes para evitar o desequilíbrio da produção da estatal, segundo a supervisão de exploração e produção das regiões Sul e Sudeste.
No final de maio, a estatal do petróleo deverá proceder ao lançamento do edital para a construção do casco da P-55, uma unidade semi-submersível com capacidade de produzir 180 mil barris diários de óleo bruto. Com capacidade de produção idêntica, a P-57 será construída sobre um casco já existente, com a economia de até 25% em comparação com a feitura de um casco novo.
A intenção da Petrobras é repassar o projeto para um estaleiro nacional e, só no caso da impossibilidade do acordo, recorrer a pólos da indústria naval no estrangeiro.