São Paulo (AE) – A maioria dos 14 Estados que mantêm a suspensão ao atendimento às seguradoras de planos de saúde vai fazer no próximo dia 21 mais uma rodada de assembléias para avaliar a situação. Iniciado há quatro meses, o movimento dos médicos reivindica valor mínimo de R$ 42 para os honorários, com variação de 20%, e a revisão da tabela de procedimentos – lista dos exames e cirurgias que devem ser garantidos pelas operadoras. Na terça-feira o Ministério da Saúde deu prazo de 15 dias para médicos e operadoras resolverem o impasse. Ou pode interferir.
Os médicos da cidade de São Paulo não aderiram ao movimento e se preparam para uma assembléia que em 1º de julho. Hoje dirigentes de diversas entidades paulistanas de médicos organizaram reunião fechada, com cerca de 300 participantes. “Vamos analisar a capacidade de mobilização de São Paulo”, disse José Luiz Gomes, presidente da Associação Paulista de Medicina. A Bahia também fez reunião prévia hoje. “Vamos manter a suspensão até o dia em que recebermos propostas decentes”, provocou José Carlos Brito, presidente da Associação Baiana de Medicina.
No Rio, apesar de o Conselho Regional de Medicina do Estado (Crerem) ter estimado que a paralisação foi praticamente total no atendimento aos usuários de planos de saúde hoje, pacientes ouvidos pela reportagem fizeram consultas de rotina e exames em clínicas do centro. “Em cidades grandes, a negociação é mais complicada. Há inúmeros planos de saúde”, analisa José Luiz Gomes.
De acordo com a Associação Médica Brasileira (AMB), a idéia é que a adesão aumente depois da próxima assembléia geral. “Nosso objetivo é de que pelo menos mais quatro núcleos boicotem integralmente seguradoras”, revela Eleuses Vieira de Paiva, presidente da AMB. Além do Rio, seriam os Estados de Santa Catarina, Goiás e a cidade de São Paulo.
Continua o impasse entre médicos e operadoras de planos de saúde
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