"Cumprimos as expectativas", disse Jacobo Torres, um dos organizadores do 6º Fórum Social Mundial na capital venezuelana. Segundo a primeira contagem oficial, cerca de 80 mil pessoas participaram do encontro. Foram 53 mil inscritos particulares, 19 mil representantes de organizações sociais, quase 3 mil voluntários e 4,9 mil jornalistas. Cerca de 2 mil atividades estavam programadas.
Em número de atividades propostas, o Brasil ficou na frente (450), seguindo por Venezuela (400), Colômbia (150), Estados Unidos (115), Argentina (129), Cuba (65), Equador (60), Canadá (40), França (30) e Espanha e Chile (25 cada). Além dessas, 200 atividades culturais ocorreram entre os dias 24 e 29 de janeiro. As delegações mais numerosas foram da Venezuela, seguida por Colômbia e Brasil. Em 2005, os números oficiais contaram mais de 150 mil pessoas no 5º Fórum Social Mundial (FSM), em 2.500 atividades realizadas em Porto Alegre.
Assim como o último fórum realizado no Brasil, uma das críticas freqüentes foi o cancelamento da programação sem aviso prévio. Como explicou o integrante do Comitê Organizador na Venezuela, Jacobo Torres, da Força Bolivariana de Trabalhadores, uma corrente sindical venezuelana, "houve muitos espaços vazios, com painelistas e sem público ou o contrário".
Entre os destaques, Torres disse que houve muitos avanços em diversas articulações. Citou, como exemplo, o fórum de saúde, de educação, parlamentar, de autoridades locais, a rede de economia solidária e movimento sindical. Outro membro venezuelano do Comitê Organizador, Júlio Fermin, afirmou que a grande inclusão do povo dos Estados Unidos nos debates foi uma grande vitória. "Diversos grupos anti-guerra daquele país estiveram aqui em Caracas, mostrando que cada vez mais gente do próprio Estados Unidos luta contra o imperialismo".
