O presidente da Comissão de Ética do PT, Danilo de Camargo, que foi tesoureiro da campanha do partido em 2002, negou hoje a informação de que o ex-presidente da legenda José Genoino teria movimentado mais de R$ 500 mil em uma conta pessoal no Banco do Brasil em um período de 15 dias.

continua após a publicidade

Camargo esclareceu que apesar de ter sido aberta em nome do então candidato ao governo do Estado, a conta é uma exigência da legislação eleitoral e foi criada exclusivamente para realizar transações referentes a recursos de campanha.

Ele disse ainda que toda a movimentação foi declarada à Justiça Eleitoral. "A lei eleitoral obriga o candidato a abrir uma conta pessoal em nome dele para isso", afirmou Camargo. "Essa conta foi aberta para a campanha, só recebeu doações eleitorais e verbas de campanha e foi encerrada após as eleições", acrescentou.

Camargo insistiu ainda que a prova do motivo pelo qual a conta foi criada é que ele próprio, como tesoureiro, assinou todos os cheques referentes a essas transações. "Genoino nem sequer assinou nenhum desses cheques." De acordo com Camargo, os gastos referentes à campanha de Genoino totalizaram aproximadamente R$ 2 milhões, enquanto a conta do Comitê de Finanças do partido concentrou despesas referentes às campanhas de Genoino e Aloizio Mercadante (candidato a senad or em 2002).

continua após a publicidade

Questionado sobre o fato de as contas de campanha de Genoino não terem sido aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Camargo reconheceu que houve um extravio de recibos e um erro na identificação de uma doação em papel. Ele insistiu, no entanto, que foram feitos inclusive boletins de ocorrência para registrar o extravio dos recibos e ressaltou que ainda assim nada disso significa que tenha havido alguma movimentação pessoal na conta de Genoino.