Consumo de energia cai na indústria e sobe no comércio

Rio – O consumo de energia elétrica pela indústria registrou queda de 1% em novembro, em relação ao registrado em novembro de 2004, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estatal responsável pelos estudos de longo prazo do setor no País. Segundo a EPE, o setor industrial consumiu 12.429 gigawatts por hora (GW/h) em novembro, contra 12.554 GW/h em novembro de 2004, ficando abaixo das estimativas e sinalizando o fraco ritmo da atividade industrial no País nos últimos meses do ano passado.

O setor comercial, ao contrário, aumentou muito o consumo, com variação de 7,8%, no total de 4.565 GW/h. Na avaliação da EPE, o aumento do turismo estaria impulsionando o consumo no comércio. Nas residências, o consumo registrou acréscimo de 6,2%, totalizando 7.040 GW/h. Esse aumento é atribuído pela EPE ao aumento do número de residências, já que o consumo por família continua relativamente baixo, em torno de 150 quilowatts por hora (kW/h) por mês.

Devido ao baixo consumo da indústria, a EPE reviu para baixo a previsão de crescimento do mercado de energia elétrica em 2005. A estatal projetava expansão de 4,5%, mas deverá ficar abaixo desse nível. No acumulado de janeiro a novembro, o País consumiu 306.717 GWh, o que representa crescimento de 4,6% na comparação com o mesmo período de 2004.

Entre as regiões, a liderança na expansão esteve com o Centro-Oeste, a despeito dos efeitos da febre aftosa no setor da indústria frigorífica, com expansão de 7,2% no consumo regional. Já no acumulado do ano, a liderança está com o Nordeste, cujo nível subiu 5,4% nos 11 meses de 2005. O resultado do Nordeste deveu-se, principalmente, ao aumento da demanda no comércio (8 7%) e nas residências (7,5%). No Sul, devido à seca do início do ano, a expansão ficou bem abaixo da média nacional, registrando variação de 3,4%, ante os 4,6% do País.

Na região Sudeste/Centro-Oeste, o consumo em novembro registrou aumento de 4,2%, com o acumulado no ano situando-se em 4,9%. O consumo na região foi puxado pelo comércio (8,3% no mês, em relação a igual mês de 2004) e residências (expansão de 6,5%) com a indústria registrando queda de 0,5% em novembro (em relação a novembro de 2004).

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