Consumo de combustível cai 1,10% em julho ante junho

O consumo de combustíveis líquidos voltou a registrar queda em julho, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Ao todo, segundo a ANP, as distribuidoras de derivados de combustíveis de petróleo venderam o equivalente a 7,250 bilhões de litros em julho, com queda de 3 24% em relação ao mesmo mês de 2005 e redução de 1,10% em relação ao mês anterior (junho).

A queda de julho foi semelhante à registrada em abril, quando o consumo total ficou abaixo de 7 bilhões de litros (6,99 bilhões), com variação negativa de 3,48% ante abril de 2005. No acumulado do ano, as vendas totais de combustíveis estão apenas 0,10% acima do registrado em igual período do ano passado. A expectativa da Petrobras, no início do ano, era que o consumo de 2006 fosse cerca de 3,0% acima do observado no ano passado.

A maior queda em julho foi no consumo de óleo diesel, que atingiu 3,088 bilhões de litros, com redução de 6,96% em relação ao mesmo mês de 2005 e de 1,84% em relação a junho. No acumulado do ano, a variação negativa no consumo de diesel está em 2,48% ante os primeiros sete meses de 2005. Boa parte da queda, conforme técnicos do setor, resulta da quebra da safra no início do ano e o menor uso do combustível pelo setor rural.

As vendas de gasolina C (que leva uma mistura de 20% de álcool anidro), também registraram queda em julho, pelos dados da ANP. As distribuidoras venderam o equivalente a 1,891 bilhão de litros naquele mês, o que representa contração de 2,63% no intervalo de 12 meses e de 1,77% em relação ao mês anterior. No acumulado do ano (sete meses), a variação está positiva em 1,19% especialmente devido ao bom desempenho no início do ano. Naquele período, os preços do álcool hidratado estavam em patamares elevados e os consumidores ampliaram o consumo da gasolina, em detrimento do álcool.

Nos últimos três meses, porém, com a regularização dos preços do álcool, o consumo do álcool voltou a crescer ao ritmo de dois dígitos. Em julho, o consumo de álcool hidratado atingiu 439 milhões de litros, com aumento de 18,26% em relação a julho de 2005. No acumulado do ano, o consumo do álcool registra aumento de 21,14%, sinalizando que o consumidor voltou a ser atraído pelos preços menores do combustível, após a queda dos preços com o início da nova safra de cana-de-açúcar e álcool.

Os dados da ANP mostram que até o consumo de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o ‘gás de cozinha’, está em ritmo mais fraco este ano. Em julho, as vendas das distribuidoras somaram o equivalente a 1,018 bilhão de litros, com queda de 0,12% em relação a julho do ano passado e aumento de 0,46% em relação ao mês anterior (junho). No acumulado em sete meses, o consumo aumentou 1,16% sobre os primeiros sete meses de 2005. Apesar do forte aumento do uso do gás natural no Brasil nos últimos anos, o GLP responde pela quase totalidade do consumo nas residências brasileiras.

Os outros quatro combustíveis acompanhados pela ANP também registraram variação negativa no consumo em julho. O óleo combustível, por exemplo, que vem sendo substituído pelo uso do gás natural em algumas indústrias, registrou vendas de 445 milhões de litros em julho, com queda de 0,82% em relação a julho de 2005, embora 3,39% acima do observado no mês anterior. No acumulado do ano, houve queda de 5,69% nas vendas do combustível, a maior perda entre os combustíveis mais consumidos no País (diesel, gasolina C, GLP, álcool e óleo combustível, nessa ordem).

As vendas de querosene de aviação somaram 361 milhões de litros em julho, com queda de 5,84% em relação a igual período do ano passado, mas com aumento de 2,55% sobre junho. No acumulado do ano, houve aumento de 3,17% no consumo do combustível. Os outros dois combustíveis têm consumo apenas residual, com a gasolina de aviação aumentando 4,51% em julho (sobre julho de 2005) e queda de 3,01% sobre o junho, com vendas totais de apenas 3,7 milhões de litros. No caso do querosene iluminante, o consumo somou 3,4 milhões de litros, com queda de 22,64% sobre julho de 2005. No acumulado do ano a queda atingiu 25,40% ante os sete primeiros meses de 2005.

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