Consumo da classe “D-E” cresceu 11% de 2002 a 2006, aponta pesquisa

São Paulo – No período de janeiro de 2002 a agosto 2006, a classe ?D-E?, que tem rendimento médio mensal de até quatro salários mínimos em valores de 2006 (R$ 1.400), consumiu 11% a mais em volume de produtos como alimentos, bebidas, de higiene pessoal e limpeza.

Os dados, divulgados nesta quarta-feira (22), são do estudo ?O Consumo na Era Lula?, feito pela LatinPanel, maior empresa de pesquisa de consumo domiciliar da América Latina, a partir da análise do consumo semanal da cesta de compras de 8,2 mil famílias brasileiras nos últimos quatro anos. A mostra representa 82% da população domiciliar do país.

O estudo indica que no conjunto de todas as classes, a ?D-E?, a ?C? (com renda entre quatro e dez salários mínimos) e a classe ?A-B? (renda superior a dez salários mínimos), o volume médio consumido aumentou 5% no período analisado.

A pesquisa mostra ainda que o número de itens que compõem a cesta padrão de compras nos lares de baixa renda saltou de 21 para 27, o que representa uma elevação de 29% no período. O resultado é 11 pontos percentuais superior à expansão de 18% verificada nos lares da classe ?C? e 9 pontos acima dos 20% de expansão registrados pelas famílias de classe ?A-B?.

Passaram a integrar a cesta padrão da classe ?D-E? os sucos em pó, as massas instantâneas, os caldos para tempero, esponjas sintéticas, extrato de tomate, salgadinhos, leite longa vida e maionese.

Segundo o estudo, o ano de 2006 foi o que produziu maior impacto no consumo da classe ?D-E?. Nesse ano, 2,15 milhões de famílias de baixa renda classe ?D-E? migraram para a classe ?C?. Os dados indicam que em 2005, cerca de 44% das famílias situavam-se na classe ?D-E?. Em 2006, este número caiu para 39% dos domicílios pesquisados.

Apesar dos dados positivos, a diretora comercial da LatinPanel, Margareth Utimura, chamou a atenção para o dado de que 29% das famílias pesquisadas da classe ?D-E? declararam que caso a renda aumentasse, gostariam de comprar mais alimentos. ?Este quesito básico da cesta de compras está longe de ser saciado?, disse.

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