Brasília – No período de Natal, uma alternativa mais barata e criativa para presentear é a 3ª Feira de Economia Solidária do Distrito Federal e Entorno. Nos últimos três dias, cerca de 5 mil pessoas passaram diariamente pela feira, que este ano foi montada em Taguatinga, cidade-satélite que fica a 25 quilômetros de Brasília.
Durante três dias (de 21 a 23 de dezembro), os expositores comercializaram trabalhos na área de artesanato, confecção, bijuterias, doces e biscoitos caseiros. A população também pode conferir apresentações culturais e oficinas gratuitas para a confecção de sabonetes, grafite, biscuit, puff de garrafas pet e bonecos de látex.
Muito mais do que um simples comércio de produtos, a feira também é uma maneira encontrada pelo povo para enfrentar problemas como o desemprego e a baixa renda. Quem não tem dinheiro, por exemplo, pode adquirir presentes de Natal fazendo a troca de produtos.
O secretário executivo do Fórum Regional de Economia Solidária do DF e Entorno, Paulo Henrique de Moraes, explica que o objetivo maior da feira não é arrecadar dinheiro, mas principalmente mostrar que existem alternativas viáveis, como a economia solidária.
?É dada aqui a oportunidade das pessoas de conhecerem que é possível construir uma outra economia, que é a economia solidária, através da troca, da sensibilidade, da rodada de negócios que é feita diretamente com as pessoas, ou seja, construir relações diferentes que as do mercado formal?, afirma.
Segundo Paulo Moraes, a feira surgiu com o Movimento de Economia Solidária, formado por Organizações Não-Governamentais, que cuidam da parte de assessoria, pelos empreendimentos (cooperativas, associações, grupos formais e informais) e por gestores públicos. ?É uma forma de poder dar visibilidade à comercialização e intensificar a parte de formalização da comunidade no que é economia solidária?.