Empresas e consumidores já começaram a pagar mais caro para obter crédito nos bancos este mês. Dados preliminares levantados pelo Departamento Econômico (Depec) do Banco Central (BC), divulgados hoje, mostram que a taxa média de juros cobrada nas operações de financiamento às pessoas físicas subiu de 62% ao ano, em julho, para 62,8%, nos primeiros 13 dias úteis do mês. Para as empresas, a taxa passou de 29,7% ao ano para 30%, no período. O movimento reflete as apostas do mercado financeiro, que desde a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de julho passou a considerar como nulas as possibilidades de corte da Selic ainda este ano.
Os dados de julho mostram que o estoque de empréstimos concedidos pelos bancos atingiu R$ 446,9 bilhões, uma alta de 0 9% em relação ao fechamento de junho. Neste período, boa parte das modalidades de financiamento – tanto das empresas quanto dos consumidores – havia registrado novas quedas. O chefe do Depec, Altamir Lopes, alerta que a tendência para os próximos meses é de uma expansão de crédito mais contida, com quedas restritas nas taxas de juros ou até altas, como as verificadas no início deste mês. “Não me surpreenderia termos elevações”, alertou. O cenário refletido nos dados preliminares do BC está defasado em relação à última ata do Copom, que deu sinais claros de que a Selic, caso necessário, poderá ser elevada ainda este ano.
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