A inadimplência dos consumidores no País registrou um ligeiro crescimento, de 1,6%, no início do ano. É o que revela o Indicador Serasa de Inadimplência Pessoa Física sobre o mês de janeiro de 2007, ante dezembro de 2006, divulgado hoje. Na comparação com janeiro do ano passado, o indicador da Serasa, empresa de pesquisas, informações e análises econômico-financeiras, apontou alta de 5,1% na inadimplência das pessoas físicas.
Na visão dos analistas da Serasa, a expansão da inadimplência em janeiro de 2006 está relacionado ao aumento de vendas parceladas em prazos mais longos. "Isso foi verificado no Dias das Crianças do ano passado e começa a refletir a inadimplência nas vendas do final do ano. As despesas com impostos, como IPTU e IPVA, e as matrículas escolares também já impactam o orçamento do consumidor", avaliaram.
Ainda assim, segundo analistas da Serasa, o avanço da inadimplência está em um patamar "muito inferior" ao da evolução do crédito. Para os especialistas, a inadimplência poderia ter sido ainda maior. "Vale destacar que as melhores condições do consumidor no final de 2006, em termos de renda e emprego, atenuaram um crescimento maior da inadimplência", complementam.
Bancos
As dívidas com bancos, em janeiro de 2007, representaram a maior taxa da inadimplência dos consumidores, com 36,2%. Em dezembro de 2006, quando também liderou a lista de representatividade do indicador, este porcentual havia sido de 35,3%. Em seguida, em janeiro deste ano, aparecem as dívidas com cartões de crédito e financeiras, que registraram uma participação de 31,6% no indicador. No mês anterior, este índice foi de 32,2%.
Na terceira colocação aparecem os cheques sem fundo, com representatividade de 29,5% em janeiro de 2007, contra 29,7% verificado em dezembro do ano passado. Por fim, os protestos, apontados como menor peso na inadimplência das pessoas físicas, apresentaram, em janeiro, participação de 2,8% no indicador, mesmo índice apurado em dezembro.
