Na reta final do Natal, o ritmo de crescimento das vendas à vista voltou a superar o do crediário, depois de dois meses consecutivos na lanterna. Isso indica que o faturamento deste Natal está concentrado em itens de menor valor e quitados à vista ou, no máximo, em duas ou três vezes no cheque pré-datado. Cerca de metade das vendas à vista estão na faixa de R$ 70, enquanto o valor médio dos financiamentos oscila entre R$ 300 e R$ 400.

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Até o dia 21 deste mês, as consultas para vendas à vista cresceram 6% na comparação com o mesmo período de 2005. A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) registrou 2,046 milhões de consultas no período, ante 1,929 milhão no ano passado. Em outubro e novembro, a taxa de crescimento anual desse indicador havia sido de 3,8% e 3,9%, respectivamente.

Já os negócios a prazo desaceleraram este mês. Até o dia 21, foram recebidas 1,460 milhão consultas, 3,6% acima do mesmo período de 2005. Em outubro e novembro, esse indicador crescia a um ritmo bem maior, de 4,4%.

?Este Natal deve ser um sucesso de público, mas não de faturamento?, diz o economista da ACSP, Emílio Alfieri. Nas Lojas Cem, por exemplo, especializada em móveis e eletroeletrônicos, as vendas não tiveram um grande impulso até ontem. Segundo o supervisor geral, Valdemir Colleone, o ritmo de crescimento ante 2005 continua no nível de 5%, levando-se em conta as mesmas lojas.

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Em contrapartida, os lojistas da Rua 25 de Março, reduto de comércio popular de São Paulo, continuam a todo vapor. ?A meta inicial de crescer 8% deve ser superada e atingir 10%?, diz o diretor da União dos Lojistas da 25 de Março (Univinco), Miguel Giorgi Jr.