A Associação dos Comerciantes de Material de Construção da Grande Curitiba (Acomac) estima um crescimento de 10% no setor de construção civil a partir deste mês. A previsão foi feita na abertura da 9.ª Feira de Fornecedores da Construção Civil ? Expocon 2006, considerada a maior do setor no Sul do Brasil, realizada no Expotrade, em Pinhais. A construção civil representa 22% do PIB da indústria paranaense e emprega 55 mil trabalhadores no Estado.

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Participam da feira 90 empresas, que devem movimentar R$ 35 milhões em negócios. A previsão é de que 25 mil visitantes passem pelo Expotrade até domingo (23). Para o presidente da Acomac, Rogério Martini, a participação do governo estadual foi vital para a retomada do dinamismo e de competitividade do setor. ?Os benefícios concedidos pelo Estado como a isenção e redução de ICMS para os produtos do setor foram sentidos em toda a cadeia produtiva da construção civil paranaense?, revela.

O presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), José Moraes Neto, explica a relação imediata entre redução de impostos e geração de empregos. ?A construção civil tem apresentado indicadores de crescimento de geração de empregos. A retomada de dinamismo veio principalmente da redução de custos?, afirma. A indústria assim, passa a ser competitiva, com produtos mais baratos ? como explica Moraes. ?Junte um pequeno aumento do poder de compra dos brasileiros nos últimos tempos e encontramos fatores determinantes para a alta do segmento?, conclui.

Redução de impostos

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Em maio de 2003, o governo estadual reduziu o ICMS de 18% para 7% na areia, argila, pedra-brita, pedra-graduada, pedra-marruada, entre outras matérias-primas. Em julho de 2004, o estado isentou o ICMS de mercadorias destinadas para a construção de casas populares pela Cohapar.

Em abril de 2005, o governo continuou com uma política de isenção fiscal e reduziu de 18% para 12% o ICMS de pias, lavatórios, banheiras, bidês, sanitários, pisos cerâmicos, revestimentos, entre outros, todos com o propósito de estimular o setor. Só esses itens representam 80% do faturamento das lojas em geral.

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Hoje, a política fiscal iniciada no Paraná serviu de modelo para a implementação de medidas semelhantes nos estados de São Paulo e Santa Catarina.

O setor conta com 10 mil lojas no Estado, sendo que cerca de 1.700 consideradas de médio e grande porte foram beneficiadas pela legislação de redução do imposto.

Só o segmento beneficiado gerou 17 mil novos empregos com a redução do ICMS no Paraná. Além disso, o setor está investindo na ampliação e modernização das lojas, treinamento de funcionários para atender melhor o consumidor, condições que fortalecem a categoria para enfrentar a competitividade com grupos estrangeiros.