O prefeito de Curitiba Beto Richa reativou nesta terça-feira (19) as atividades do Consórcio Intermunicipal para Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos, que estavam paralisadas desde 2002. Richa foi eleito presidente do Consórcio, por unanimidade, por prefeitos de 14 municípios da região metropolitana. "A reestruturação do Consórcio faz parte da política de integração de Curitiba e dá andamento aos trabalhos que já vêm sendo feitos no sentido de viabilizar, em conjunto, as soluções mais apropriadas do ponto de vista ambiental e econômico para tratamento do lixo gerado em nossas cidades", afirmou Richa. Para vice-presidente do Consórcio foi eleito o prefeito de São José dos Pinhais, Leopoldo Meyer.

continua após a publicidade

Composto por dois conselhos e duas câmaras técnicas, o Consórcio de Resíduos Sólidos reúne Curitiba e 14 municípios municípios que usam o aterro sanitário da Caximba como alternativa de disposição e tratamento de lixo domiciliar. A finalidade do Consórcio é integrar ações, organizar e gerenciar as atividades relativas à política de resíduos sólidos urbanos dos municípios usuários do aterro da Caximba. "A política de integração implantada pelo prefeito Beto Richa respalda sua posição à frente de mais este desafio", disse o prefeito de São José dos Pinhais, Leopoldo Meyer.

Segundo o secretário municipal do Meio Ambiente de Curitiba, Mário Sérgio Rasera, o pouco tempo de vida útil previsto para o aterro exige a integração dos municípios nas discussões de alternativas futuras. "A previsão é de que o aterro seja encerrado em meados de 2008. Neste prazo devemos estar com a decisão acertada coletivamente e com o novo sistema de tratamento implantado", explicou Rasera.

Seminário – No cronograma de atividades do consórcio já está previsto para a próxima semana, em Curitiba, um seminário técnico para aprofundar e detalhar alternativas de tratamento de lixo. A secretaria do Meio Ambiente já está avaliando sete projetos com diferentes tecnologias de tratamento de lixo, entre elas compostagem, termodestruição, desidratação para uso como combustível e aterro com recuperação de biogás. "A solução pode não ser uma isolada, podemos ter tipos de tratamentos diferenciados por categoria de resíduo", adiantou Rasera.

continua após a publicidade

O aterro da Caximba recebe, diariamente, 2.200 toneladas de lixo de Curitiba e de outros 14 municípios da região metropolitana. Deste total, 60% correspondem aos resíduos gerados na capital. Outros 25% saem dos demais municípios e 15% são depositados por grandes geradores, como shopping centers, restaurantes, fábricas e hotéis. Pelo cronograma do consórcio, o funcionamento do novo sistema de tratamento, com encerramento das atividades da Caximba, é previsto para julho de 2008.