O plano do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) de presidir a Câmara por mais dois anos parece ter rodado ladeira abaixo. É que, nos últimos dias da semana, o PSDB e o PP também optaram pelo apoio ao candidato ungido pela virtual coalizão governista, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP).

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A áspera realidade foi apreendida por um dos coordenadores da campanha de Rebelo, o deputado Inocêncio Oliveira (PFL-PE), provavelmente o parlamentar em atuação com maior experiência nas questões internas da Casa, sobretudo, nas eleições dos componentes da mesa diretora.

Numa situação que se aproxima do grotesco, uma das evidências mais lamentáveis da política brasileira nos últimos tempos, gente graúda do governo Lula – o ministro Tarso Genro – se apressou a sugerir que o deputado Aldo Rebelo seja compensado com um posto equivalente ao que vai perder, na Esplanada dos Ministérios.

Falou-se no Ministério da Defesa, no qual estão no estágio final os preparativos para a decolagem do ministro Waldir Pires, sem quaisquer conotações maldosas a tão ilustrada personalidade da República.

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Chinaglia não só surpreendeu pela sobriedade de seu esforço para chegar à presidência da Câmara, como pela relativa facilidade em conquistar o apoio das bancadas mais expressivas. No início, mesmo líder do governo, sequer contava com a simpatia do presidente Lula.