O Conselho de Ética da Câmara faz a leitura do parecer sobre o processo de cassação do deputado José Mentor (PT-SP) pelo relator, deputado Edmar Moreira (PFL-MG). Há entre os conselheiros uma expectativa de que Moreira poderá pedir o arquivamento do processo. Caso isso aconteça, deverá haver um pedido de vista de duas sessões para análise do parecer e elaboração de um voto em separado, contestando essa conclusão.
O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) adiantou que poderá fazer este pedido, se a conclusão de Moreira for mesmo pela absolvição de Mentor, acusado pela CPI dos correios de envolvimento no esquema do mensalão. Ele recebeu R$ 120 mil em dois cheques de R$ 60 mil, um da conta pessoal de Rogério Tolentino, sócio do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza tido como operador do mensalão, e outro da DS Participações, uma sociedade de Tolentino com Valério. Mentor afirma, no entanto, que o dinheiro foi recebido por serviços prestados por seu escritório de advocacia José Mentor Pereira Mello Advogados, como pessoa jurídica, não como pessoa física, e que foi dado o devido recibo.