Conselho de Ética recebe processos sobre fraudes na saúde

A Mesa Diretora da Câmara entregou nesta quarta-feira (16) ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar os documentos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Sanguessugas necessários para a abertura de processos contra 69 deputados acusados de suposto envolvimento em fraudes na compra de ambulâncias.

A previsão é de que o caso comece a ser avaliado oficialmente pelo Conselho de Ética na próxima terça-feira (22), quando deverá ser assinado um termo de instauração dos processos pelo presidente do colegiado, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), em reunião marcada para as 11 horas. A partir daí, começarão a ser contados os prazos regimentais para o andamento dos processos.

Novos nomes

A lista de parlamentares investigados poderá aumentar, pois um dos sub-relatores da CPMI, Fernando Gabeira (PV-RJ), pediu nesta quarta-feira a notificação de mais dois deputados: Salvador Zimbaldi (PSB-SP) e Philemon Rodrigues (PTB-PB). De acordo com Gabeira, surgiram indícios contra esses parlamentares, mas o presidente da CPMI ainda não decidiu se eles serão incluídos nas investigações.

Os dois deputados se defenderam. Salvador Zimbaldi garantiu que não tem nenhum envolvimento com o caso. Segundo ele, uma pessoa que se identificava falsamente como seu assessor teria tentado fazer negociações com prefeituras.

Philemon Rodrigues também alegou inocência e disse ter ficado surpreso com a citação do seu nome por Gabeira. De acordo com ele, a acusação faz parte de uma "batalha ideológica".

Denúncias

O presidente da Câmara, Aldo Rebelo, encaminhou nesta quarta-feira ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar os processos contra os deputados B. Sá (PSB-PI) e Domiciano Cabral (PSDB-PB).

Segundo reportagem divulgada pela imprensa em março, B. Sá teria negociado propina com um executivo da construtora OAS responsável pelas obras da barragem de Poço Marruá, no Piauí.

Já Domiciano Cabral teria sugerido ao sogro, Julião Medeiros, dono da construtora Cojuda, que fizesse negócios irregulares com o Ministério dos Transportes.

Domiciano está licenciado do mandato. Apesar disso, segundo a Secretaria-Geral da Mesa Diretora, ele não fica impedido de sofrer sanções político-administrativas (inclusive uma eventual cassação), pois é o detentor do mandato.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo