Conselho aprova dois projetos brasileiros de redução de gases

O Brasil deu hoje uma demonstração de que sua política de respeito ambiental continua na vanguarda das ações mundiais, assumidas no âmbito do Protocolo de Kyoto, no Japão, em 1997, e que congrega atualmente 122 países. Em solenidade comemorativa da Semana do Meio Ambiente, na Confederação Nacional das Indústrias (CNI), o ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, anunciou a aprovação dos dois primeiros projetos brasileiros destinados à redução de gases na atmosfera.

O Conselho Executivo Internacional, sediado em Bonn, na Alemanha, autorizou o funcionamento dos projetos da Nova Gerar, de Nova Iguaçu (RJ), e da Vega, de Salvador, de aproveitamento de aterros sanitários que evitam a emissão de gás metano, por atenderem as normas do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), do Protocolo de Kyoto.

O ministro informou que os dois projetos também atendem as propostas do governo de inclusão social, ?objetivo maior do Governo Lula?, contribuindo para o desenvolvimento equilibrado dos municípios, com geração de empregos e melhoria das condições sanitárias para as pessoas que trabalham nos ?lixões?.

Eduardo Campos destacou também o pioneirismo dos dois projetos ao vislumbrarem a possibilidade de cooperação internacional para a manutenção do equilíbrio climático.

O presidente da CNI, Armando Monteiro, elogiou o ingresso do Brasil no esforço mundial de redução dos gases causadores do efeito estufa e disse que grande parte das indústrias também se engaja em favor da preservação ambiental, ?sem prejuízo da competitividade das empresas e do desenvolvimento sustentado do país?.

Ele afirmou que a CNI tem incentivado iniciativas que visem a melhoria da qualidade ambiental, através de ações veiculadas pelas Federações de Indústrias e das associações setoriais, com vistas a estabelecer relações harmônicas da indústria com o meio ambiente.

Segundo Armando Monteiro, ?a forte participação do empresariado é resultante da crescente preocupação da indústria pela busca do desenvolvimento econômico com qualidade de vida?.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, usou uma figura de linguagem da juventude para enfatizar que ações de ?desenvolvimento e meio ambiente têm que se casar; não podem apenas ficar?. Disse também que o Brasil tem-se destacado no cenário externo como país que cumpre suas obrigações na convenção de respeito ao clima, e o anúncio feito hoje era uma demonstração do ?trabalho profícuo que o governo e a sociedade vêm fazendo?.

Já o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Furlan, afirmou que a participação efetiva do Brasil na política de redução dos gases na atmosfera ?abre um mercado muito promissor?.

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