A experiência de Curitiba na recuperação e reutilização de áreas urbanas degradadas será um dos assuntos do Congresso Latino-Americano e Simpósio Nacional sobre Recuperação de Áreas Degradadas que serão realizados na próxima semana em Curitiba.
Os dois eventos, organizados pela Sociedade Brasileira de Recuperação de Áreas Degradadas (Sobrade) serão realizados de hoje a sexta-feira (28), no Cietep, na Avenida das Torres.
O trabalho sobre Curitiba será apresentado no painel das 8h30 do dia 27, quinta-feira pela engenheira florestal Damaris da Silva Seraphim e pelo geólogo Luciano José de Lara, do Departamento de Pesquisa e Monitoramento da Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
Eles vão mostrar que desde a criação do primeiro parque de Curitiba, o Passeio Público, há quase 120 anos, a cidade vem agregando à recuperação de áreas degradadas, a oferta de lazer e turismo para a população. A política de recuperação de áreas degradadas tem viabilizado controle do assoreamento, proteção das margens dos rios e dos sistemas de drenagem e, em muitos casos, solucionado problemas de enchentes e inundações, como no caso do Passeio Público.
Serão apresentados estudos sobre os Parques Naturais Municipais Tanguá, das Pedreiras, Bosque Zaninelli (onde fica a Unilivre) e o da Vista Alegre, que ainda será implantado.
A criação do Tanguá garantiu a preservação de fundo de vale e impediu que a área se transformasse numa usina de reciclagem de resíduos da construção civil.
Depois que a reserva de granito e xisto acabou na área onde hoje fica o Parque das Pedreiras, a Prefeitura transformou o espaço num dos mais importantes espaços culturais da cidade.
O fim do minério também está na origem do Bosque Zaninelli, onde houve a regeneração e depois a mudança da Unilivre para o local. Quanto ao Vista Alegre, sua implantação como parque depende ainda de um estudo que vai avaliar as conseqüências ambientais do uso daquela área como depósito de resíduos da construção civil que existia no local.