O Dia Nacional de Combate à Sífilis será lançado neste domingo (17), durante a abertura do VI Congresso Brasileiro da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente  transmissíveis (SBDST) e do II Congresso Brasileiro de Aids, em Santos (SP). O tema é "Caminhando para a Eliminação da Sífilis Congênita". A data será lembrada em todo o país no terceiro sábado de outubro, que, neste ano, cai no dia 21.

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O objetivo é diminuir o estigma em relação às doenças sexualmente transmissíveis e aumentar o debate sobre o assunto, para mobilizar o poder público e a sociedade civil para ações que visem a eliminação da sífilis congênita (menos de um caso para cada 1 mil nascidos vivos).

Participam da solenidade, o secretário de Vigilância em Saúde, Fabiano Pimenta, e a diretora do Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde, Mariângela Simão. O evento contará, também, com a presença da presidente da SBDST, Maria Luiza Menezes. A abertura será transmitida ao vivo pela internet (www.aids.gov.br/mediacenter).

A sífilis é quatro vezes mais freqüente nas gestantes do que a infecção pelo HIV. Estima-se que, a cada ano, 48 mil gestantes estejam infectadas pela sífilis. Desse total, aproximadamente, 12 mil crianças adquirem sífilis congênita (transmitida da mãe para o bebê). A sífilis tem cura se o tratamento for feito tanto na gestante como em seu parceiro de forma adequada, interrompendo-se assim o ciclo da doença no casal e evitando a transmissão para o bebê.

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A falta de tratamento ou o tratamento inadequado da sífilis durante a gestação pode acarretar a morte do bebê ou deixar seqüelas graves, como surdez, problemas neurológicos e má formação óssea. Até 40% das infecções pela sífilis na gravidez podem levar o bebê ao óbito.

O tratamento adequado é feito com a penicilina, único antibiótico que ultrapassa a barreira placentária. O teste de diagnóstico e o tratamento estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). A realização do exame de sífilis durante o pré-natal é um direito da gestante.

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