Ao comentar a proposta apresentada pelo deputado Pauderney Avelino (PFL-AM) de elevar o valor do salário mínimo de R$ 300 para R$ 375, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse acreditar que os parlamentares deverão rejeitar o aumento e aprovar o reajuste de R$ 350, anunciado pelo governo nesta semana. A decisão do governo ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para entrar em vigor a partir de abril.
"Esse debate é natural do Parlamento, onde eventualmente a oposição vai fazer uma certa marola, mas no final das contas, com muita responsabilidade vai votar os R$ 350, a exemplo do que fizeram no ano passado. No ano passado também houve uma certa marola no Congresso, mas, no final das contas, acabou o juízo prevalecendo, a responsabilidade prevalecendo e a manutenção dos R$ 300 porque no orçamento do ano passado não era possível mais que isso", disse Marinho.
O ministro disse que o novo valor do salário mínimo não é o ideal, mas é o possível. "Se dependesse do simples desejo, desejaríamos fazer mais, mas o que é permitido pelas regras orçamentárias é esse valor de R$ 350".
Marinho destacou que o novo valor do mínimo ficou acertado após negociação que envolveu vários setores, sobretudo as centrais sindicais. "Pra dizer que quer maior salário mínimo tem que dizer de onde tirará recurso para isso, dialogar com os prefeitos, com todos os setores que sofrerão impactos por uma eventual decisão como essa", completou.