Característica dos países industrializados, principalmente entre as classes socioeconômicas mais altas, as alergias e doenças de pele acometem uma significativa parcela da sociedade, inclusive crianças. Esse será um dos temas do XXXII Congresso Brasileiro de Alergia e Imunopatologia, que acontece em Curitiba a partir deste sábado (29) até o dia 2 novembro vai reunir grandes especialistas para discutir essa nova forma de tratamento da doença.
Só em Curitiba estima-se que mais de 38 mil crianças tenham alergia de pele Em estudos internacionais publicados recentemente, este índice chega a 30% da população. Se comparado à capital paranaense, este número seria equivalente a 500 mil crianças. A dermatite atópica causa coceira e ardência e, muitas vezes, deixa marcas na pele. Esse desconforto faz com que os pacientes fiquem mais irritados e cheguem a passar muitas noites em claro. Casos de discriminação são relatados com freqüência pelos pacientes, cuja incidência vem crescendo substancialmente nas últimas décadas.
Aumento do stress, ingestão excessiva de alimentos industrializados, poluição, aumento do uso de tecidos sintéticos, contato com animais de estimação e com ácaros da poeira doméstica são alguns fatores da vida moderna decisivos no aumento desta doença. Comparada às outras doenças que compõem a chamada tríade atópica (asma, rinite alérgica e dermatite atópica), a dermatite é a menos conhecida, o que muitas vezes leva pais e pacientes a uma maratona angustiante que inclui até tratamentos alternativos e além de não resolverem o problema, eventualmente o agravam.
Este mês chegou às farmácias de todo o país o Protopic, único remédio efetivo em todos os graus da dermatite atópica. Ele é considerado uma revolução no tratamento das doenças de pele, sendo a grande inovação dos últimos 20 anos nesta área.