Apesar do número de pousos e decolagens no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, não ter aumentado nos últimos 4 anos, o número de passageiros não pára de crescer. Em 2001, a Empresa de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) contabilizou 10,6 milhões de passageiros em Congonhas. Em 2006, eram 18 milhões. Segundo o superintendente da Regional Sudeste da Infraero, Edgar Brandão Júnior, os principais fatores são: a renovação da frota, que passou a ter aeronaves de maior capacidade, e o valor mais acessível das passagens. ?Mesmo havendo demanda, não existe a capacidade de aumentar o número de operações e, por isso, a saída encontrada pelas empresas foi investir em aviões maiores.

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O diretor técnico do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), comandante Ronald Jenkins, recorda-se que há 4 anos o avião básico era o Boeing 737-200, com capacidade para 120 pessoas. Hoje, eles dividem espaço com modelos maiores como o 737- 800 e Airbus, que têm 150 lugares. ?Foi a maneira de atender à demanda. Uma vez que o horário de funcionamento do aeroporto não poderia ser estendido.

A obra de ampliação do terminal – que começou em 2003 e está prevista para terminar no fim do ano -, tem, por exemplo, 12 pontes de embarques e a conclusão do edifício garagem com vagas para 3.500 veículos. ?Apesar de ter a garagem, o valor de estacionamento é alto. Então muita gente pára os carros nas ruas aqui perto?, diz a professora Nadir Maria Teles Rodrigues que mora a duas quadras da ala de embarque. ?Hoje qualquer um pode pegar um avião.

Para a presidente da Associação de Moradores de Moema, Lígia Horta, a solução é redirecionar vôos para Cumbica e Viracopos, em Campinas. ?Eles falam que não aumentou o número de operações, mas não tenho tanta certeza disso.

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