Segurança pública

Confrontos policiais no Paraná: análise revela padrões em 2024

Imagem mostra uma viatura durante uma ocorrência em Curitiba,
Foto: Arquivo/Tribuna do Paraná.

Um levantamento presentado pelo Ministério Público do Paraná apresentado nesta última quarta-feira (22) revelou detalhes sobre os confrontos policiais ocorridos no Paraná em 2024. A análise detalhada revela um cenário complexo de violência e levanta questões cruciais sobre a segurança pública no Estado.

Em 2024 foram 433 confrontos, nos quais houve 413 vítimas fatais e 109 feridos. Em 2023, foram registradas 348 mortes. O levantamento foi elaborado de forma conjunta no MPPR pelo Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Vítimas Fatais: Um Retrato da Desigualdade

Das 413 vítimas fatais em 2024, o perfil predominante são homens jovens, pardos e negros. A faixa etária mais atingida foi de 30 a 34 anos, com 105 mortes, seguida pelos grupos de 18 a 24 anos (93 mortes) e 25 a 29 anos (81 mortes).

A questão racial é algo a se considerar: 46,5% das vítimas eram pardas e 3,4% pretas, totalizando quase 50% das mortes. Pessoas brancas representaram 38% das vítimas fatais. 99% das vítimas eram do sexo masculino.

Lesões Corporais: Padrão Similar

Nos casos de lesões não fatais, foram registradas 112 vítimas. O perfil é semelhante ao das vítimas fatais, com predominância de homens jovens. Curiosamente, nestes casos, a proporção de vítimas brancas (47,3%) superou a de pardas (38,4%).

Características dos Confrontos

A Polícia Militar esteve envolvida em 97,7% dos confrontos, seguida pela Polícia Civil (1,2%) e Guarda Municipal (0,9%). Em 72,7% dos casos, a vítima estava armada, segundo os relatórios.

Distribuição Geográfica

Curitiba lidera o ranking com 98 confrontos, seguida por Londrina com 43. Cidades como São José dos Pinhais, Foz do Iguaçu e Colombo registraram 15 casos cada. A distribuição dos confrontos por todo o estado indica que a violência policial não é um problema isolado da capital.

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