A nova afronta aos brios paranaenses apareceu embalada numa proposta que estaria sendo gestada com atenção e desvelo pelos dirigentes do PMDB – alguém saberia identificá-los? – que discutem a possibilidade de indicar o atual secretário da Educação, Maurício Requião, para a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas, a ser aberta com a aposentadoria do atual ocupante Henrique Neigeboren.
A indicação seria encaminhada ao governador do Estado, que segundo a jurisprudência apropriada ao contexto, tem a prerrogativa – melhor seria dizer presciência – de indicar o próximo conselheiro.
Obviamente os bonifrates que respondem pela massa falida do PMDB paranaense, com um zelo que não dissimula a subserviência mais abjeta, se esforçam para levar água ao moinho do enfezado hierofante do Cangüiri, que deixaria o cargo com pelo menos um de seus inúmeros familiares pendurados na administração estadual, com um emprego vitalício regiamente remunerado.
A primeira vítima da pajelança seria o deputado Caíto Quintana, que depois de inúmeros mandatos e duas vezes chefe da Casa Civil do governador, imaginava ter chegado sua vez de requerer aos pares, pelos excelentes serviços prestados, uma aposentadoria de causar inveja à diminuta, mas felizarda confraria de plutocratas da antiga Terra dos Pinheirais.
Consoante a interpretação de um cristão novo recém-admitido no camarim privado de Tartufo, onde só ingressam figurantes menores, não cabe à Assembléia indicar o próximo conselheiro, mas sim ao governador.
Por sinal, um dos mais furibundos apologistas da valorização da instituição familiar, abaixo da linha do Equador.