Os choques entre milicianos tribais e guerrilheiros centro-asiáticos no noroeste do Paquistão intensificaram-se nesta quarta-feira (21) elevando a mais de cem o número de mortos em três dias de violência, informaram autoridades locais. Militantes dispararam morteiros, foguetes e abriram fogo com fuzis de assalto em quatro áreas diferentes de Waziristão do Sul, onde os choques foram deflagrados na segunda-feira.
O governo paquistanês celebrou o conflito como um "êxito" em sua iniciativa de empregar milicianos tribais – ao invés de forças regulares – na luta contra milicianos estrangeiros. Entretanto, observadores locais qualificaram os confrontos como uma disputa de força entre dois grupos militantes rivais em uma região sem lei perto do Afeganistão, onde a simpatia pela milícia fundamentalista islâmica Taleban e pela rede extremista Al-Qaeda é alta.
De acordo com fontes no governo paquistanês, 105 pessoas morreram em três dias de conflito, guerrilheiros usbeques e chechenos em sua maioria. Não foi possível checar o número de vítimas de forma independente.
