Arquivo / O Estado |
Além dos casos confirmados no MS, o ministério da Agricultura investiga a suspeita da doença em nove propriedades do Paraná. |
Brasília (AE) – Mais três novos focos de febre aftosa foram confirmados hoje (28) em Mato Grosso do Sul. Com isso, subiu para 28 o número de casos da doença. O Ministério da Agricultura já admite o recrudescimento da aftosa no Mato Grosso do Sul.
Os novos focos foram encontrados no município de Mundo Novo, que faz parte da zona interditada pelo governo desde o início da crise, no dia 10 de outubro. Dois foram registrados em pequenas propriedades de subsistência. O terceiro foco, informou o Ministério da Agricultura, foi detectado numa fazenda de pecuária de corte.
Essa propriedade, cujo rebanho é de cerca de 300 cabeças é vizinha de fazendas onde foram descobertos focos anteriores. No total, já foram confirmados cinco focos nesse município. Em Eldorado, o número de casos chega a quatro e, em Japorã, são 19 os focos da doença.
Já se passaram oito semanas após a descoberta do primeiro foco de febre aftosa no Mato Grosso do Sul. A área técnica do ministério admite que "houve uma redução a partir da terceira semana e um recrudescimento na sexta e sétima semanas". Depois de um período sem registros de novos casos de aftosa, entre os dias 7 e 18 de novembro foram notificados mais seis casos, três em Japorã e três em Mundo Novo.
Nas últimas semanas, a média diária de abate foi de 600 animais. Até agora foram sacrificados 14.443 bovinos, 184 suínos e 158 pequenos ruminantes (ovinos, por exemplo).
Paraná
Além dos casos confirmados de febre aftosa no Mato Grosso do Sul, o ministério investiga a suspeita da doença em nove propriedades rurais do Paraná. Até agora não foi possível isolar o vírus a partir de amostras colhidas no Paraná e encaminhadas ao Laboratório Nacional de Apoio Agropecuário (Lanagro), localizado em Belém, no Pará. "Há previsão de novas coletas hoje", informou o diretor do Departamento de Saúde Animal da pasta, Jorge Caetano Júnior.
Serão colhidas amostras de líquido esofágico-faríngeo e soro sanguíneo. De acordo com a Secretaria de Defesa Agropecuária da pasta, também estão sendo investigadas suspeitas da doença em duas propriedades paranaenses localizadas nos municípios de Bela Vista do Paraíso e de São Sebastião da Amoreira. Nessas fazendas os animais não apresentaram sinais clínicos da doença, mas as propriedades receberam bovinos oriundos do município de Eldorado, no Mato Grosso do Sul. Inicialmente o ministério investigava suspeita da doença nos municípios de Amaporã, Grandes Rios, Loanda e Maringá.