O primeiro foco de ferrugem asiática no Brasil, na safra 2007/08, foi confirmado em Aral Moreira, MS, no dia 3/12, pela Fundação MS, entidade integrante do Consórcio Antiferrugem. A lavoura comercial está em estádio R3 (inicio de formação de vagem). Segundo relato do engenheiro agrônomo Ricardo Barros, o clima na região estava desfavorável, mas técnicos e produtores devem reforçar o monitoramento das lavouras, já que as chuvas voltaram a ocorrer normalmente.

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Para a pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa Soja, o clima seco deste início de safra vem retardando o aparecimento da doença este ano. ?No ano passado, as lavouras foram plantadas mais cedo e os primeiros focos também surgiram antecipadamente.? O município de Aral Moreira está situado próximo à fronteira com o Paraguai, fato que pode ter sido relevante para o aparecimento da doença.

Segundo o pesquisador Wilfrido Morel, chefe do programa de pesquisa de soja do Centro Regional de Investigación Agrícola (Cria), já foi observada a ocorrência de focos de ferrugem asiática em lavouras comerciais paraguaias, no município de Pirapó, Itapua. Segundo Morel, cultivos no mês de agosto e início de setembro, embora não sejam recomendados pela pesquisa, têm sido feitos com freqüência nos últimos anos pelos agricultores da região, favorecendo a ocorrência precoce da ferrugem nas safras do país.

O pesquisador Rafael Soares, da Embrapa Soja, informa que também foi constatada a presença de ferrugem em kudzu e soja perene, não só no Paraguai, mas também em municípios argentinos na província de Misiones. Essa constatação serve de alerta para os produtores brasileiros, principalmente no oeste do Paraná, para intensificar o monitoramento da doença pois, considerando o movimento predominante dos ventos, os países vizinhos podem ser fornecedores de inóculo do fungo para as lavouras brasileiras.

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