Conferência retoma discussão do ”SUS” da saúde bucal

Na última conferência de saúde bucal, realizada há dez anos, foi proposto um modelo odontológico que seguisse os princípios do SUS de universalidade e integralidade das ações. O assunto voltou a ser tema de discussões na 3ª Conferência Nacional, que começou nesta quinta-feira, em Brasília. O evento ainda aborda o problema da educação dos trabalhadores em saúde bucal. Segundo coordenador de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Gilberto Pucca, a formação dos odontólogos é inadequada para as necessidades do país.

?Nós temos uma formação elitizada, que induz a uma superespecialização precoce. Na realidade o que o país precisa é de um cirurgião dentista com sólida formação em clínica geral e conhecimentos de saúde coletiva, de epidemiologia, porque estes são os grandes problemas da população brasileira?, explica.

Propor soluções para aumentar o controle social e a participação da população na política de saúde bucal também está na pauta da conferência. ?O eu acho mais saudável nessas conferências nacionais é que elas são um local de discussão privilegiado de trabalhadores de saúde bucal, de usuários dos sistemas e de quem administra esse sistema?, diz Pucca.

Na conferência, os três segmentos estão representados. No total, mais de 1.500 pessoas entre delegados, professores, estudantes universitários, usuários e gestores do SUS participam do encontro, que termina no domingo, dia 01.

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