Brasília ? O futuro da política ambiental e da defesa dos recursos naturais serão avaliadas no próximo final de semana, entre os dias 10 e 13 de dezembro, por representantes da sociedade civil . O Ministério do Meio Ambiente organiza a 2ª Conferência Nacional do Meio Ambiente durante do governo Lula. Coordenador-geral do evento, o ambientalista Pedro Ivo Batista, espera 1.500 mil debatedores na capital. Segundo a organização do encontro, a maioria já confirmou presença.

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"Entre os delegados, temos representantes de governos locais, organizações não-governamentais, sindicalistas, quilombolas, indígenas e, é claro, muitos ambientalistas", conta Batista. "O modelo de participação adotado garante a proporcionalidade de 50% da delegação aos movimentos sociais e às irganizações não-governamentais, 30% ao setor empresarial e 20% ao setor governamental."

O lema da conferência continua é "Vamos Cuidar do Brasil" e o tema central agora será política ambiental integrada e o uso sustentável dos recursos naturais. Serão discutidas formas de promover o desenvolvimento social e econômico, sem que isso signifique a destruição de rios e florestas. Para fortalecer a discussão, foram realizadas 27 conferências estaduais. Em estados como a Bahia, um evento desse tipo chegou a reunir 3 mil pessoas.

Nas conferências do Nordeste ocorreram vários debates sobre a situação da caatinga e revitalização do Rio São Francisco. No Piauí, foi discutido o uso de agrotóxicos e a preservação do Cerrado. No Rio Grande do Norte, a comunidade aprovou a defesa, na Conferência Nacional, de uma regulamentação para a rotulagem de produtos geneticamente modificados. De Rondônia, virão propostas de capacitação para produtores rurais e de utilização do dinheiro arrecadado com multas por delito ambiental em fundos municipais de meio ambiente.

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