A 2ª Conferência Brasileira sobre Arranjos Produtivos Locais (APL) concentrou os debates, nesta terça-feira, na relação dos bancos com as micro e pequenas empresas. Este encontro, aberto na segunda, e que segue até quarta-feira, foi organizado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), com o apoio do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e das instituições que participam do Grupo de Trabalho Permanente para Arranjos Produtivos Locais (APL).
A gerente executiva da diretoria de Micro e Pequenas Empresas do Banco do Brasil, Morgana Cristina dos Santos, diz que o BB oferece financiamento em todas as etapas, mas ressaltou que é grande o desconhecimento dos empresários sobre o tipo de vantagens bancárias que podem obter. ?Muitos pedem empréstimo para capital de giro quando o mais adequado seria uma financiamento a longo prazo?, exemplifica.
?Nós podemos oferecer cheque empresarial, dispensar a elaboração de projetos para pedidos de empréstimos de até R$ 50 mil, propostas simplificadas para valores que não ultrapassem R$ 500 mil, prospecção de mercado e análise do plano de negócios, entre outras alternativas. Desta discussão, o empresário pode visualizar qual a melhor opção para ele e escolher a fórmula mais adequada para o caso em questão?, diz ela.
Ela também ressalta a importância do Fundo de Amparo às Micro e Pequenas Empresas que é constituído com recursos do Sebrae. Neste modelo, onde o BB funciona como um repassador de recursos, está prevista a cobertura de 80% do valor financiado. Mas, os interessados em inovação tecnológica e exportação podem levantar um financiamento de até R$ 300 mil. Este Fundo cobre necessidades que vão do capital de giro ao financiamento a longo prazo.
?Todas as empresas que participam de APL são importantes para o banco porque significam uma estrutura mais sólida e consistente e, dessa forma, podemos atuar com mais segurança respeitando as premissas básicas para que esta relação seja mais bem sucedida com a automação, a sistematização, a padronização e o ganho de escala?.
A gerente ressalta ainda que o Banco do Brasil está estabelecendo uma metodologia de crédito para melhor atender aos APL. ?O Sebrae tem tido um papel primordial na definição de uma micro e pequena empresa. Quanto melhor delineado o perfil destes negócios, mais fácil será atender a demanda destes empresários?, diz ela.
Na próxima segunda-feira, o BB e o Sebrae começam a discutir como deverá ser feita capacitação de gerentes e funcionários do banco para que eles entendam o universo das micro e pequenas empresas e para que possam, dessa forma, entender melhor as dificuldades do setor e estejam aptos a dar soluções rápidas para os problemas.
?O atendimento aos APL faz parte da estratégia do banco. O assunto está na mesa e isto significa o comprometimento do BB na busca de soluções adequadas para as empresas que fazem parte deste modelo de atuação?, afirmou.