Fortaleza ? O desmatamento da Amazônia caiu 50% em relação a 2004, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente. Mas isso não significa que tudo esteja bem. Para o ambientalista Pedro Ivo de Souza Batista, coordenador da 2ª Conferência Nacional de Meio Ambiente, existem grandes obstáculos para o controle do desmatamento.

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Os três principais são: "a falta de incentivo para uma floresta sustentável, o tamanho da biodiversidade brasileira que requer maior capilaridade da presença do estado, e por fim, a criminalidade".

Ele está em Fortaleza para a primeira das conferências estaduais que precederão o encontro nacional em Brasília, marcado para ocorrer em 12 e 13 de dezembro.

Batista lembrou que a primeira Conferência Nacional de Meio Ambiente, há dois anos, teve o mérito de mobilizar as pessoas, de motivá-las ao debate. Na segunda, diz ele, o objetivo é ampliar e qualificar esse debate.

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"Avançamos mais na estruturação do Sistema Nacional de Meio Ambiente, o Sisnama, tem idéia é descentralizar a política ambiental brasileira e fazer com que o município, o estado e os órgãos federais tenham, cada qual, a sua responsabilidade", relatou ele.

Segundo Batista, a proteção ao meio ambiente funciona de forma integrada, porque só assim é possível estender os cuidados à "megabiodiversidade, pois é preciso mais do que a fiscalização e a coerção. É fundamental criar mecanismos de desenvolvimento sustentável e investir na educação ambiental".

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Ele observa que embora o Sisnama preveja que cada município tenha um órgão ambiental isso só acontece em um terço deles. Assim, diz ele, "fica difícil avançar na sustentabilidade do meio ambiente".

Batista avalia que a questão do meio ambiente no Brasil é também cultural. "Ainda temos gente que vê a preservação da floresta como um obstáculo ao desenvolvimento. Na pratica todas as outras dificuldades vêm dessa visão que remonta aos tempos do Brasil colonial", explica-se.