Segurança alimentar, sanidade agropecuária e Influenza Aviária. Estes foram os temas que marcaram os debates realizados nesta sexta-feira (07) em Londrina durante 21ª Reunião Extraordinária do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa). O evento foi realizado no Parque de Exposições ?Governador Ney Braga?, onde acontece a 46ª Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina e 14ª Internacional.
Durante o evento, Ribas apresentou o relatório de ações de saneamento realizadas pela Secretaria da Agricultura nas propriedades do Estado reconhecidas pelo Ministério da Agricultura como focos de febre aftosa.
?Realizamos nosso dever de casa. Cumprimos as regras da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE). Estamos saneando as fazendas consideradas focos da doença e finalizando o trabalho de sorologia nas propriedades que se encontram no raio de 10 quilômetros daquelas fazendas?, lembrou.
O secretário elogiou o trabalho desenvolvido pela Defesa Sanitária Animal da Secretaria e pelos técnicos das vinculadas. ?Destaco a participação da Claspar que, nas barreiras sanitárias, fez o que deveria ser feito. Os técnicos da Claspar não mediram esforços para proteger as divisas do nosso Estado do vírus da febre aftosa?, comentou.
Ribas também afirmou que o então secretário da Agricultura, o vice-governador Orlando Pessuti, acertou ao decretar a suspeita da doença no Estado. ?Pessuti fez bem em decretar a suspeita. Foi um ato de transparência e de responsabilidade?, disse.
Entre os temas discutidos, esteve a segurança alimentar em hortaliças e frutos na Região Metropolitana de Curitiba. Ribas lembrou que os esforços da Secretaria da Agricultura visam garantir a segurança alimentar aos consumidores, uma maior renda aos produtores, como também gerar emprego através da organização e capacitação daqueles que produzem frutas e hortaliças.
O secretário da Agricultura informou que entre as metas da Secretaria da Agricultura para o segmento estão a seleção e a implantação de 33 propriedades de referência junto aos municípios de Campo Largo, Araucária, São José dos Pinhais, Almirante Tamandaré, Colombo e Lapa.
?Visamos o desenvolvimento sustentável desse segmento. Para isso, defendemos a idéia de que os produtos devem ter a melhor qualidade possível. Por isso, defendemos o uso racional de agrotóxicos?, disse.
A influenza aviária também foi debatida. O assunto é considerado como um desafio não apenas sanitário, mas também econômico. Na ocasião, foram apresentados os procedimentos do Governo do Estado diante da ameaça da doença.
Entre os procedimentos, está a padronização das ações preventivas, com o objetivo de minimizar os impactos sanitários, econômicos e sociais, em apoio ao Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) e a regionalização sanitária da avicultura.
Ribas também lembrou do convênio firmado entre o Governo do Paraná e o Centro de Investigação e Medicina Avícola (Cimepar), da Universidade Estadual de Londrina. A iniciativa conta recursos no valor de R$ 650 mil, repassados pelo Governo do Estado por meio da Secretaria de Ciências e Tecnologia.
?O Cimepar é que considerado o laboratório oficial do Estado no diagnóstico de doenças avícolas, como New Castle e Influenza Aviária?, informou.
Entre as ações, ainda destacam-se a reativação do Comitê Estadual de Sanidade Avícola (Coesa-Pr) e de seus subcomitês, como também o cadastramento com GPS de 10.500 estabelecimentos avícolas do Estado.
Segundo Ribas, 8.500 deles são industriais. ?Os outros dois mil estabelecimentos não são considerados industriais. Mas possuem plantéis acima de 400 aves?, concluiu.