A preocupação da comissão técnica da seleção brasileira não passa pela lista dos 23 convocados. Nem mesmo por uma eventual polêmica sobre os critérios da convocação Quem chama atenção de Parreira e seus assessores é Ronaldinho Gaúcho. A ordem na comissão, a partir da próxima segunda-feira em Weggis, Suíça, é proteger o diamante do Brasil.
Parreira teme pelo inevitável desgaste físico de Ronaldinho Gaúcho, que, ao lado de Edmílson, jogará quarta-feira a decisão da Liga dos Campeões da Europa contra o Arsenal, em Paris. Será o último jogo dele antes de apresentar-se a seleção brasileira.
Foco de todas as atenções durante toda a temporada, o craque do Barcelona sofre um intenso desgaste físico e pressão emocional. Na condição de melhor jogador do mundo, eleito duas vezes consecutivas pela Fifa, Ronaldinho será o alvo da Copa.
"O Ronaldinho é a bola da vez. Como já foram Platini, Zidane, Ronaldo, Romário, Maradona, Pelé em outros Mundiais. E felizmente para nós, a seleção brasileira não tem só o Ronaldinho. Ele está exuberante, vive momentos mágicos. Esperamos que possa compartilhar isso com Adriano, com Robinho, com Kaká, com Ronaldo", contou Parreira.
Esta será a estratégia especial de Parreira: tirar das costas de Ronaldinho Gaúcho o peso de carregar sozinho a seleção O treinador quer dividir as responsabilidades entre os jogadores consagrados. Ronaldo é um deles.
A outra ponta do plano é dar uma trégua a Ronaldinho Gaúcho, arejar seus músculos e o cérebro. Ronaldo também terá um tratamento especial. No seu caso, a prioridade é a condição física. O atacante não joga há mais de um mês. Recupera-se de uma lesão muscular na coxa direita.
Os outros astros da companhia também receberão todos os cuidados a partir de diagnósticos dos médicos e preparadores físicos da Seleção.
Nos dias 23 e 24, em Weggis, todos os jogadores serão submetidos uma série de exames. Com os resultados nas mãos, o preparador físico Moraci Sant?Anna definirá o trabalho a ser feito com os atletas. Depois a bola será de Parreira.