Concurso premia quem reduz perdas na colheita de soja

A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, por meio da Emater, lançam o Concurso de Redução de Perdas na Colheita de Soja, versão 2006, nesta sexta-feira (13), à 13h30, no auditório da Cocamar, em Maringá. A competição é classificada como uma das mais importantes do país e conta com o apoio de 14 prefeituras da região de Maringá. O vencedor ganhará um trator 0 km.

O concurso é realizado desde 96 e, em 2003, passou a ser de âmbito regional. A média paranaense de perdas está fixada em 1,2 saca/hectare. Performance considerada altamente positiva já que este número, na média brasileira, salta para 2,1 sacas/hectare.

O sojicultor Norberto Guarezi, de Ângulo, campeão ano passado, desperdiçou somente 3,74 quilos por hectare, o correspondente a 0,06 saca. Guarezi foi contemplado com um trator Massey Ferguson 50 cv, avaliado em R$ 60 mil, mesma premiação a ser entregue ao ganhador de 2006.

No concurso da safra 2005/2006, são esperados aproximadamente 300 operadores de Maringá, Ângulo, Doutor Camargo, Floresta, Iguaraçu, Itambé, Ivatuba, Mandaguaçu, Mandaguari, Marialva, Ourizona, Paiçandu, São Jorge do Ivaí e Sarandi. Em 2005, foram 297, com total de 67.200 hectares, cerca de 28% da área total de produção de soja na regional da Emater sediada em Maringá. Desses foram premiados os 39 com menores perdas, que na média, ficou em 39,03 quilos por hectare, o equivalente a 0,65 saca.

Economia 

Na avaliação do engenheiro agrônomo Romualdo Faccin, chefe do escritório regional da Emater/PR em Maringá, se todas as lavouras de soja brasileiras fossem colhidas com o mesmo cuidado observados na região, o Brasil deixaria de perder, a cada ano, mais de 30 milhões de sacas.

De acordo com Faccin, cerca de 80% das perdas acontecem por ação dos componentes da plataforma de corte das colheitadeiras (molinete, barra de corte e caracol). O restante do desperdício é provocado pelos mecanismos internos (trilha, separação e limpeza). Por isso, são fundamentais cuidados com a máquina, como troca de navalhas quebradas e ajuste das folgas da barra de corte.

A velocidade de trabalho da colheitadeira também é um item que causa de perdas. Ela não deve ultrapassar 5 km/h, em modelos mais antigos, e 6 km/h, nos mais novos. A velocidade do molinete precisa ser um pouco superior à da colheitadeira. Outros cuidados, como limpeza do bandeijão e da grelha do côncavo, ajuste de abertura das peneiras e da velocidade do ventilador, devem ser observados pelos produtores.

Na última safra de soja, o Brasil perdeu cerca de 8% da produção devido à quebra ou trituração dos grãos durante a colheita. Os pesquisadores alertam que esse problema é fácil de resolver. Basta regular corretamente a velocidade do cilindro, a abertura do côncavo e colher a soja quando os grãos apresentarem teor de umidade próximo a 13 %.

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