Rio – As concorrentes da Embraer também se preparam para brigar por um pedaço do mercado mundial que, segundo estimativas da empresa brasileira, vai vender 9.680 jatos nos próximos 10 anos, com movimento de US$ 144 bilhões. No Brasil, que fatura em torno de US$ 300 milhões por ano, as projeções apontam que este ano há chances de o resultado passar para até US$ 400 milhões.
A Líder Táxi Aéreo, representante da americana Raytheon no País, já tem uma estratégia para fazer frente ao Phenom 100 e 300. A empresa, que tem em torno de 600 aviões voando no Brasil, quer mostrar que os turboélices têm o mesmo preço que os jatos leves, só que são mais espaçosos. "A Embraer pode fomentar a demanda do mercado, o que não deixa de aumentar a competitividade", diz o presidente da Líder, Eduardo Vaz.
O presidente da TAM Táxi Aéreo, Rui Thomaz Aquino, lembra que a Embraer vai entrar num mercado que ano passado vendeu 750 aviões em todo o mundo, ante 591 de 2004, segundo a Associação Geral de Fabricantes de Aviões (Gama, na sigla em inglês) "A Embraer é extremamente competente. Em todos os seus novos produtos ela teve sucesso", afirma o executivo, que representa a Cessna no Brasil. Segundo ele, o mercado brasileiro, assim como o mundial, está passando por uma retomada do nível de venda, que era bem maior há 4 anos.
Rivalidades à parte, a canadense Bombardier, que no mundo inteiro trava uma intensa disputa com a Embraer nos aviões de médio porte, considera que o lançamento dos jatos leves da empresa brasileira vai contribuir com a expansão do mercado. "É uma competidora importante e vai trazer mais clientes", diz o diretor comercial da Ocean Air Táxi Aéreo, representante no Brasil da Bombardier, que em 1990 comprou a fabricante de jatos executivos Learjet. A Ocean Air também representa os jatos Global e Challenger (Bombardier).