Depois de quase dois anos em funcionamento, o Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego (PNPE), já atendeu 1,063 milhão de jovens, dos quais mais de 630 mil foram inseridos no mercado de trabalho formal.
Os dados são do Ministério do Trabalho e Emprego. O programa é destinado a brasileiros de 16 a 24 anos, sem qualificação profissional, que vivem em situação de risco social.
O governo federal já investiu R$ 123,23 milhões no PNPE. "Temos consciência de que os jovens são os maiores atingidos pelo problema do desemprego e é por essa razão que a nossa qualificação hoje está focada neles", afirmou, nesta sexta-feira, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, durante café da manhã com jornalistas.
Marinho citou, como exemplos de ações bem sucedidas, os Consórcios Sociais da Juventude, que funcionam por meio da parceria entre governo e entidades da sociedade civil organizada. Os 23 consórcios inaugurados desde 2003 ? em 15 estados e no Distrito Federal – qualificaram 39.835 jovens, de acordo com o ministério.
Desse total, cerca de 12 mil foram inseridos no mercado de trabalho. Segundo Marinho, a meta inicial era colocar no mercado pelo menos 30% dos jovens atendidos. "Mas nenhum consórcio inseriu menos de 50%", disse o ministro.
As oficinas de qualificação oferecidas aos jovens são voltadas para as necessidades do mercado de trabalho da região onde o consórcio atua. Depois dos cursos, mais de 50% dos jovens são encaminhados ao mercado de trabalho formal. Eles também têm a opção de se unirem de forma organizada e criam cooperativas de trabalho.
De acordo com o ministro do Trabalho, a intenção é levar os consórcios a todas as capitais, até o final de 2006. "A idéia é renovar os 23 consórcios em funcionamento à medida que eles forem vencendo e ampliar o número de consórcios. Nós precisaremos, certamente, negociar bastante para o orçamento do ano que vem e, quem sabe, pensar algumas emendas parlamentares no sentido de complementar", afirmou. Desde a criação dos consórcios, o governo federal investiu R$ 108,723 milhões no programa.
Para Luiz Marinho, a redução do desemprego entre os jovens passa também depende do crescimento da economia. "A questão é criar um tamanho de mercado de trabalho que seja capaz de absorver esse exército de reserva de mão de obra, e é por essa razão que é importante um crescimento de forma sustentada ao longo do período".
