Comunidade ajuda no combate ao crime por meio da Ouvidoria das Polícias

A Ouvidoria das Polícias do Paraná, órgão ligado à Secretaria da Segurança Pública, é um dos principais canais de comunicação entre a população e as polícias. Por telefone, e-mail, carta ou pessoalmente, qualquer pessoa pode informar sobre suspeita de crimes ou contravenções praticados por qualquer cidadão comum e também por integrantes das polícias Civil e Militar e do Detran.

De acordo com o ouvidor Luiz Alberto Franco Bordenowski, a função da Ouvidoria é contribuir com as investigações desenvolvidas pela Secretaria da Segurança Pública, garantindo anonimato do denunciante. ?A Ouvidoria não tem a atribuição de apurar uma denúncia ou de atender a uma sugestão. Estamos aqui para repassar a informação à Secretaria, às polícias, e garantir a privacidade do cidadão que fez o contato?, explica Bordenowski.

De acordo com ele, desde a criação do órgão, em 2000, até dezembro do ano passado, a procura pelo serviço aumentou em 52%. De acordo com o relatório, em 2004, dos 1.337 atendimentos feitos pela entidade, 540 foram denúncias que envolviam o tráfico de drogas, o jogo ilegal, autorias de assassinatos e desvio de conduta de policiais. Segundo Bordenowski, casos como homicídio, tortura e abuso de autoridade recebem tratamento prioritário. ?Precisamos atender sempre com urgência os casos que envolvem a integridade física?, explica.

Soluções

Em 2004, as polícias conseguiram solucionar casos, prender traficantes e fechar bingos com a participação de cidadãos comuns, através das denúncias feitas pelos cidadãos paranaenses à Ouvidoria. Bordenowski lembra de uma denúncia de tráfico de drogas no Centro de Curitiba que rendeu uma megaoperação, de dois dias.

Segundo ele, o denunciante reclamou da presença de criminosos na Rua Cruz Machado. A informação foi encaminhada à Divisão de Narcóticos que, em conjunto com a Delegacia de Anti-Tóxicos (Datox), realizou duas blitze no local. Nove pessoas foram autuadas em flagrante por tráfico de entorpecentes. Mais de 60 usuários de drogas foram detidos. A operação precisou do apoio de um ônibus bi-articulado da escola superior de polícia para encaminhar os detidos até a Datox.

Outro caso lembrado pelo ouvidor foi o de dois bingos que funcionavam ilegalmente em Curitiba. Uma pessoa entrou em contato com o órgão, reclamando que sua mãe, viciada em jogos, estava freqüentando dois bingos ilegais, um no bairro Portão e outro no Boqueirão, que funcionavam com as luzes das fachadas apagadas e com as portas principais fechadas. A denúncia foi ao encontro das investigações que já vinham sendo realizadas pelo Cope, responsável pelo fechamento das duas casas de jogos.

2005

Um dos casos mais recentes de atuação da Ouvidoria ocorreu em janeiro de 2005. Um fugitivo da Colônia Penal Agrícola, em Piraquara, foi localizado a partir de uma denúncia anônima feita à entidade. Em 1999, José Antonio Paintinger foi liberado para passar o final de semana com a família e não voltou à colônia. No final de dezembro de 2004, uma pessoa ligou para a ouvidoria para informar o paradeiro do fugitivo. Em menos de um mês, a polícia localizou o acusado, que foi reencaminhado à unidade prisional.

Qualquer denúncia, sugestão, reclamação, elogio e até consulta referente a assuntos das polícias Militar e Civil podem ser feitos pelo telefone 0800-410090 ou através do site www.pr.gov.br/ouvidoriadapolicia.

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