O computador deve desbancar o telefone celular como o eletroeletrônico com maior crescimento de vendas neste Natal. As taxas de acréscimo nas encomendas beiram 400% no caso dos notebooks, um item que faz parte do sonho de consumo neste fim de ano, ao lado das máquinas fotográficas digitais.

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Com a isenção de impostos, como o PIS e Cofins, sobre os computadores, a queda do dólar em relação ao real e a maior concorrência entre os fabricantes provocada pela redução da informalidade, os preços no varejo diminuíram em até 15% em 12 meses. Com a queda, é possível encontrar computadores de mesa por menos de R$ 1,4 mil e notebooks com preço inferior a R$ 3 mil. Esse foi um belo empurrão para o setor.

A Rede Extra de supermercados, um dos maiores revendedores de artigos de informática, por exemplo, se preparou para ampliar em 70% as vendas de itens de informática, puxadas especialmente pelos notebooks, com acréscimo previsto de 400%. No caso das câmeras digitais, a expectativa é de um acréscimo de 80% nas vendas.

As Lojas Insinuante, líder no Nordeste, ampliou em 30% as encomendas de computadores neste fim de ano em relação a 2005. Segundo o diretor comercial, Rodolfo França Jr., com a isenção de impostos o varejo começou a ser competitivo na venda de computador montado.

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Enquanto as encomendas de computadores crescem, a rede repetiu para este Natal o volume de pedidos de celular e aparelhos de DVD. Já as compras de máquinas fotográficas digitais cresceram 15%.

Essa tendência é confirmada pelas Lojas Maia, também do Nordeste. A rede ampliou em 60% os pedidos de computadores para o fim do ano.

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As taxas de crescimento dos itens de informática também impressionam nas redes do Sul. Nas Lojas Berlanda, de Santa Catarina, os volumes encomendados de computadores de mesa cresceram 200%. A mesma taxa foi registrada para as máquinas fotográficas

?Nosso foco é o computador de primeiro preço, que custa R$ 1,185 mil, parcelado em 15 prestações de R$ 79?, diz Nilso Berlanda, diretor, reforçando o foco da companhia, que é o consumidor de menor poder aquisitivo. No caso do celular, a rede repetiu os pedidos de 2005.

A indústria que vende direto o computador para o consumidor, sem a intermediação de lojas, também está otimista. A Dell espera um crescimento considerável nas vendas de computadores de mesa e notebooks neste fim de ano.

Sem revelar as projeções, o gerente de Marketing e de Produtos da companhia, Sidnei Shibata, diz que a aceleração das vendas por causa do Natal deverá ocorrer no fim deste mês. Segundo ele, o crescimento nas vendas se deve a uma conjugação favorável de fatores. Entre eles estão a isenção de impostos, a valorização do real em relação ao dólar que aumenta a competitividade na importação de componentes e a ação do governo para reduzir a informalidade.