Compromisso de ouro

Em 2005 a carga tributária federal, estadual e municipal chegou a 37,37% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas no País no período de um ano. Em dinheiro vivo, isso representa R$ 724,1 bilhões, bolada que decerto faria a alegria de Tio Patinhas.

Uma montanha de dinheiro que também deveria ser usado para construir escolas, hospitais para crianças e velhos, portos, aeroportos e rodovias, entre outras manias de Primeiro Mundo que os contribuintes não se cansam de reclamar dos governantes. Estes teimam em não construir nem uma coisa nem outra, e sequer sentem remorso pelo fato de desconversarem quando alguém quer saber para onde está indo essa grana preta.

Palocci já dizia que o compromisso de ouro do governo era não aumentar a carga tributária, promessa repetida pelo presidente da República e seu novo ministro, Guido Mantega. O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, encontrou uma forma menos traumática de amenizar as dentadas da máquina arrecadadora na renda dos brasileiros, ao afirmar que a carga aumentou de ?maneira saudável?.

Alguém deveria informar a Rachid que os escravos eram açoitados sem piedade cada vez que tentavam fugir e, em certos países, quem for apanhado roubando um pão terá uma das mãos seccionada do corpo. Compreende-se, uma maneira saudável, de corrigir gente atrevida. Sem a criação de novos tributos ou aumento de alíquotas a carga tributária superou um terço do PIB. Imaginemos o contrário!

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