Compra de termelétrica vai trazer economia de R$ 3 bilhões à Copel

A compra da Usina de Araucária pela Copel vai proporcionar ao Estado e aos paranaenses uma economia de R$ 3 bilhões. A informação foi dada nesta terça-feira (9) pelo presidente da estatal, Rubens Ghilardi, durante audiência na Assembléia Legislativa. A audiência abriu as discussões em plenário sobre o projeto de lei enviado pelo governador Roberto Requião autorizando a Copel a adquirir por R$ 400 milhões os 60% das ações da UEG Araucária, empresa proprietária da termelétrica. As ações majoritárias pertencem à norte-americana El Paso.

Segundo Ghilardi, o cumprimento do contrato de compra de energia assinado na gestão anterior, com duração de 20 anos, resultaria num desembolso pela Copel de R$ 3,4 bilhões, sem considerar custos adicionais como combustível, água, mão-de-obra e manutenção, todos também por conta da estatal. O presidente disse que o contrato proporcionaria uma remuneração de 16% ao ano aos investidores paga pelos consumidores paranaenses. ?O contrato era uma maravilha para a UEG Araucária e seus sócios, que alugariam a usina para a Copel que, por sua vez, ficaria com a conta toda?.

Custo insuportável

O presidente da Copel enfatizou que os valores originais do contrato ?são insuportáveis? porque não há mercado para a energia da termelétrica a esse preço. ?A Usina de Araucária produz muita despesa e nada de receita?, disse. ?Estamos tentando resolver um problema que existe, não foi criado por nós, mas que prejudica a Copel pelo peso potencial que tem como passivo empresarial?.

Rubens Ghilardi reafirmou que a solução da pendência judicial em que se converteu o contrato de compra de energia com a UEG Araucária vai melhorar o risco da Copel no mercado financeiro, barateando eventuais operações futuras para captação de recursos. ?O programa de investimentos da Copel poderá ser alavancado com evidentes benefícios aos consumidores?.

Solução

Os deputados estaduais estão colhendo informações e subsídios para votar em breve o projeto de lei de autoria do governador que dá solução definitiva à questão surgida entre a Copel e a UEG Araucária. Na avaliação do deputado Rafael Greca, ?a questão é muito mais de aritmética que de engenharia?.

Por iniciativa da El Paso, sócia majoritária no empreendimento, foi instaurado em abril de 2003 procedimento arbitral na Câmara de Comércio Internacional, em Paris, pedindo que a Copel seja condenada ao pagamento de 827,5 milhões de dólares por rescisão contratual. É que a partir de janeiro daquele ano a Copel suspendeu os pagamentos ? de R$ 24 milhões mensais ? à UEG Araucária pela compra da energia da usina, porque ela sequer estava em condições de funcionar. Comunicada da abertura do procedimento arbitral, a Copel considerou encerradas as conversações que vinha tentando manter para repactuar de forma negociada os termos do contrato.

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