Se alguém quer tirar Dunga do sério, é só falar que a seleção brasileira foi entregue às mãos de um jovem. Um jornalista inglês apelou para essa imagem, ontem, na entrevista coletiva, na tentativa de fazer comparação com o trabalho de Steve McLaren substituto do sueco Eriksson no "British Team". O treinador brasileiro devolveu na hora: "Com uma diferença: o Brasil tem cinco títulos mundiais, foi o último campeão da Copa América e da Copa das Confederações".

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Dunga não dá espaço para que coloquem em dúvida o seu trabalho e também tem demonstrado não querer se ver envolvido em polêmicas desnecessárias. Exemplo disso foi sua atitude após o treino da tarde de ontem. Acompanhado do auxiliar Jorginho, do médico José Luiz Runco e do preparador físico Paulo Paixão, fez questão de falar com os jornalistas. O objetivo foi deixar claro que, fisicamente, nenhum jogador será devolvido ao seu clube em condição pior do que chegou.

"Nossa intenção é devolver todos os atletas da forma que chegaram à seleção", disse Runco. Ele lembrou que alguns jogadores sentiram dores musculares após a partida contra a Argentina. "A maioria, por atuar no futebol europeu, está em início de temporada e abaixo do nível físico", explicou Paixão.

Dunga optou por poupar vários atletas na partida de hoje contra País de Gales por causa do curto intervalo entre o jogo com a Argentina e o desta tarde – pouco mais de 48 horas. Segundo o treinador, essa decisão foi tomada em "conjunto". "Conversamos com todos os atletas, para sabermos de suas condições. Temos de fazer com que os jogadores falem e precisamos aprender a ouvir.

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