As companhias aéreas Varig, TAM e Vasp reajustaram ontem (3) as tarifas por causa do aumento de 14% no preço do querosene de aviação. A Varig e a TAM aumentaram os preços em 7,5%. A Vasp, em 7,4%.

Os executivos da Gol não confirmaram o aumento e informaram que estão estudando formas de evitar o repasse. A companhia de ?baixo preço e baixa tarifa? costuma adiar os reajustes, já que o diferencial de tarifas em relação às concorrentes é a base da sua operação.

Os aumentos já estavam previstos desde sexta-feira, quando a Petrobras anunciou a alta do querosene e de outros combustíveis. No mês passado, a Petrobras já havia aumentado o preço do querosene de aviação em 16% e as empresas repassaram para o consumidor o reajuste integral. Desta vez, temendo o impacto dos preços na alta temporada (que se inicia em dezembro)  elas decidiram repassar metade do aumento.

O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) calcula que o querosene de aviação subiu 137% de janeiro a novembro. No mesmo período, o preço da gasolina aumentou 46,7% e o diesel, 58%. De acordo com o sindicato, de janeiro de 1999 a novembro de 2002 o preço do querosene de aviação subiu 838%. No período, os reajustes para a gasolina e o diesel foram de 316% e 317%, respectivamente.

O Snea distribuiu comunicado hoje afirmando que a política do governo federal em relação ao querosene é ?discriminatória?, já que os outros derivados de petróleo tiveram reajustes menores. O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) entrou com representação na Secretaria de Direito Econômico (SDE) contra a Petrobras por aumento ?abusivo? do querosene, mas até agora não teve resposta. Segundo o Snea, o combustível representa de 20% a 25% dos custos das companhias aéreas.

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