Comissão vê irregularidades no presídio de Catanduvas

A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO), da Câmara dos Deputados, confirmou nesta quinta-feira (31) parte das denúncias envolvendo a Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná. Uma das denúncias confirmadas foi a da tortura de um preso ocorrida em fevereiro deste ano. A comissão formada por quatro parlamentares esteve visitando hoje o local numa missão oficial da Câmara dos Deputados.

O presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, deputado João Campos (PSDB-GO), avaliou como positiva a reunião que a equipe teve com a direção do presídio federal, depois de quase duas horas de conversa a portas fechadas. "Foi possível averiguar que algumas denúncias aconteceram e outras não", disse o deputado. A mais grave, na opinião dele, se refere à tortura do preso José Reinaldo Girotti o Alemão. Ele teria sido agredido por agentes penitenciários. O caso está sendo investigado pelo Ministério Público Federal e internamente.

Girotti é considerado um dos maiores assaltantes de banco do país e é acusado pela polícia como responsável pelas finanças do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa que age em vários estados brasileiros. Um mês após a agressão, Girotti foi transferido para a Penitenciária Federal de Campo Grande (MS). A comissão identificou ainda casos de indisciplina de agentes penitenciários. "Isso aconteceu no início do funcionamento do presídio e essas questões foram resolvidas", garantiu Campos.

Para a comissão, o presídio de Catanduvas está exercendo a função divulgada pelo governo federal, que é a de isolar os líderes das organizações criminosas do País. Os parlamentares vão fazer um relatório sobre a visita e indicar os ajustes para a penitenciária federal.

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