Comissão de mortos e desaparecidos nega 3 indenizações e concede 5

A Comissão dos Mortos e Desaparecidos Políticos reconheceu hoje como responsabilidade do Estado brasileiro as mortes de cincos militantes políticos: Gustavo Buarque Schiller, que se suicidou no Rio de Janeiro em conseqüência do trauma pelas torturas; José Inocencio Barreto, assassinado por policiais em um engenho de açúcar em Pernambuco; Leopoldo Chiapetti, morto no Rio Grande do Sul pelo envolvimento com grupos revolucionários; Valdir Salles Sabóia, militante do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário, morto no Rio de Janeiro, e Massafumi Yoshinaga, que também se suicidou em conseqüência das torturas recebidas em prisões militares.

Em contrapartida, a Comissão negou o pedido de indenização para as mortes de Carlos Alberto Maciel Cardoso (morto por militantes da esquerda), João Luiz Gomes da Silva (vítima de um confronto entre a polícia e militantes, mas sem participação na resistência política) e Venceslau Ramalho Leite (desaparecido que não tinha qualquer envolvimento com o movimento contra a ditadura). Segundo o presidente da comissão, Augustino Veit, a meta da Comissão é concluir até abril de 2005 o julgamento de todos os 85 casos pendentes de indenizações para desaparecidos políticos do regime militar.

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