Comissão confirma diálogo no Legacy sobre transponder

A comissão de investigação do acidente entre o jato Legacy e o Boeing 737-800 da Gol, que deixou 154 mortos, voltou ontem a se reunir com familiares das vítimas da maior tragédia da aviação brasileira. Os investigadores militares confirmaram, entre outras coisas, que o diálogo mantido entre os pilotos americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino – de que só perceberam o desligamento do transponder após o choque – é real. Também disseram que a análise do gravador de voz do Legacy mostra que os pilotos estavam na cabine no momento do acidente.

?Os militares tiveram a impressão de que eles estavam folheando alguma coisa, talvez um manual?, relata o empresário Jorge André Cavalcante, de 40 anos, presidente da Associação das Vítimas do Vôo 1907. Desde o mês passado, familiares vêm pressionando as entidades envolvidas na investigação para obter informações. ?Estávamos angustiados, pois só tínhamos acesso ao andamento dos trabalhos por meio da imprensa?, disse a servidora pública Valeska Monteiro de Melo Queiroz, de 33 anos, que teve a mãe morta no acidente.

Os investigadores da Aeronáutica voltaram a dizer que até o fim do ano pretendem apresentar o relatório final da tragédia. Relataram ainda que, por não poderem exigir que os envolvidos na tragédia prestem depoimento, têm encontrado algumas dificuldades. ?Desde que a Polícia Federal entrou no caso, os controladores têm se recusado a falar. Os donos do jato também não colaboraram?, disse Cavalcante.

A partir de agora, o coronel Rufino Ferreira, presidente da comissão de investigação, se comprometeu a promover encontros mensais com as famílias para dar detalhes sobre o processo de investigação. A próxima reunião está agendada para o dia 8 de março.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo