Promoções: tudo para atrair o consumidor. |
O comércio varejista brasileiro fechou 2003 com queda real de 3,68% no volume de vendas. Foi o terceiro ano seguido de desempenho negativo e a maior redução desde que a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) começou a ser realizada pelo IBGE, em 2001, quando o índice foi -1,57%. Em 2002, as vendas diminuíram 0,69%. Porém no varejo do Paraná, o IBGE apontou elevação de 0,87% em 2003, a terceira maior variação, atrás apenas de Rondônia (5,50%) e Mato Grosso (1,47%). Das 27 unidades da federação, 21 apresentaram queda, sendo a maior em Roraima (-13,16%). O IBGE atribuiu o resultado nacional negativo à queda da renda e aumento do desemprego.
Em dezembro de 2003, comparado a dezembro de 2002, o volume de vendas do comércio brasileiro teve alta de 3,20%, refletindo o crescimento em 22 estados. Os estados que mais contribuíram para a taxa global do setor foram: São Paulo (1,97%), Minas Gerais (5,01%), Paraná (6,97%), Santa Catarina (9,03%) e Rio Grande do Sul (4,07%). Já o Rio de Janeiro despontou com a maior influência negativa, com queda no volume de vendas de 0,88%, seguido por Pernambuco (-3,37%).
Já a receita nominal do comércio brasileiro registrou incremento de 10,82% em relação a dezembro e de 13,40% no ano. No Paraná, o faturamento bruto do varejo teve ampliação de 13,22% na comparação com dezembro do ano passado e de 19,22% em 2003.
Setores
O aumento em dezembro foi influenciado principalmente pelo segmento de móveis e eletrodomésticos (20,89%), seguido de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,80%) e tecidos, vestuário e calçados (0,73%). Veículos, motos, partes e peças (14,77%), item que não entra na composição da taxa global do setor, também teve aumento. Com queda, aparecem combustíveis e lubrificantes (-0,49%) e demais artigos de uso pessoal e doméstico (-0,09%).
No ano passado, a maior pressão negativa veio de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-4,87%). Também tiveram diminuição de vendas: combustíveis e lubrificantes (-4,29%), tecidos, vestuário e calçados (-3,08%), demais artigos de uso pessoal e doméstico (-2,41%), veículos, motos, partes e peças (-7,20%).