A Organização Mundial do Comércio (OMC) estará reunida entre os dias 13 e 18 deste mês em Hong Kong com o objetivo de confirmar a Rodada Doha e salvar do fracasso os esforços já realizados pela liberalização das trocas internacionais de produtos e serviços.
No encontro da semana passada do G-7, em Londres, Brasil e Índia mostraram a disposição de cortar taxas alfandegárias de produtos industriais em troca do calendário de suspensão de subsídios agrícolas nos Estados Unidos e União Européia.
A proposta foi respaldada pela China e, no mesmo diapasão, o presidente brasileiro passou a propor um encontro de alto nível antes da conferência da OMC.
O presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, observou que a conquista de resultados palpáveis até o final de 2006 são essenciais para o crescimento e redução da pobreza global.
O executivo considera que Hong Kong fornece a oportunidade do surgimento de um acordo coerente com as preocupações dos países em desenvolvimento. Tudo depende da abertura do mercado para a agricultura, produtos industriais e serviços, redução das medidas que distorcem o comércio e eliminação dos subsídios às exportações agrícolas.
O G-7 recebeu bem a proposta conjunta Brasil-Índia de redução de até 50% das taxas alfandegárias em troca da eliminação dos subsídios agrícolas, tese que os Estados Unidos rejeitaram mais de uma vez.
Tony Blair gostou da proposta. Espera-se que convença o parceiro Bush.