Mesmo com 47 anos de bloqueio econômico dos Estados Unidos, Cuba conseguiu o maior crescimento da América Latina em 2006: 12,5% de aumento na soma das riquezas produzidas pelo país o Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com o diretor da América Latina e do Caribe do Ministério de Relações Exteriores de Cuba e vice-ministro, Alejandro Gonzalez Galiano, o Brasil é parte importante desse crescimento.
A soma das importações que o Brasil fez de Cuba em 2006 com as exportações para aquele país levaram a um recorde na balança comercial: US$ 374,85 milhões, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior. "Estamos no melhor momento da relação comercial de Cuba com a América Latina. A América Latina é o maior parceiro de Cuba, e o Brasil é o segundo melhor sócio comercial da região, depois da Venezuela", disse o diretor do ministério cubano.
Galiano esteve no Brasil na semana passada para o encontro anual das chancelarias dos dois países. Anualmente, revisamos assuntos de interesse bilaterais, como temas econômicos, cooperação científica e técnica, intercâmbio cultural, explicou. Foi um encontro frutífero, pudemos constatar a satisfação das duas partes.
Em 2006, o Brasil recebeu US$ 343,25 milhões dos produtos exportados para Cuba e pagou US$ 31,59 milhões em produtos importados. O saldo da balança comercial foi positivo para o Brasil em US$ 311,66 milhões.
O vice-ministro cubano explicou que Cuba vende produtos tradicionais, mas também vacinas e tecnologia. Entre os principais produtos cubanos vendidos para o Brasil estão materiais médicos, como extratos de glândulas, vacina contra hepatite B e reagentes de laboratório, mas também itens como níquel, charutos e rum.
O produto mais vendido do Brasil para Cuba foi açúcar (US$ 50,46 milhões, mais de 16% do total de exportações). Frango, café e carne bovina também foram itens importantes da exportação brasileira, ao lado de manufaturados como transformadores elétricos, partes de motores a diesel e reboques para transporte de mercadorias.
O vice-ministro cubano disse que Cuba está interessada na capacidade brasileira para a produção cooperativa, para a pesquisa. Em relação cooperação técnica, temos projetos em diferentes setores e há como aumentar isso.
