Rio de Janeiro – As lojas e supermercados brasileiros venderam, em média, 6% a mais em 2006. O resultado, comparado ao de 2005, foi medido pela Pesquisa Mensal do Comércio, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado do ano passado complementa uma série de altas iniciada em 2004. Naquele ano, as vendas do comércio subiram 9,25% e em 2005, 4,8%.

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As vendas de produtos alimentícios nos supermercados tiveram o maior peso no resultado final. Esse setor, teve alta de 7,6% ao longo do ano passado. A compra de móveis e eletrodomésticos teve o segundo maior impacto no resultado final, com alta de 10%.

O aumento da massa de salários do brasileiro e a manutenção dos preços foram os principais motivos para o resultado, segundo o IBGE. "Houve aumento da massa salarial, estabilidade no emprego, aumento de renda real por conta da queda da inflação. E todas essas variáveis beneficiaram o comércio varejista", analisa o coordenador da pesquisa, Reinaldo Silva Pereira.

A maior alta, e que teve o quarto maior impacto no resultado final, foi na venda de computadores. Os brasileiros compraram 30% mais computadores em 2006, na comparação com o ano anterior. O IBGE destaca a queda no preço de produtos de informática, que foi de 10% na medição feita pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do próprio instituto.

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Apesar do resultado positivo ao longo do ano, as vendas do comércio desaceleraram em dezembro. As vendas caíram 0,5% em relação a novembro. O economista do IBGE considera que o motivo do foi a antecipação, em 2006, do pagamento do 13º salário para a Previdência. "Isso levou à antecipação do consumo e até mesmo a pagamento de empréstimos em casos de inadimplência no crédito ao consumidor", disse.