Atendendo a apelo do prefeito Rai Nagin, os comerciantes começaram a retornar hoje a New Orleans, devastada pelo furacão Katrina. O prefeito quer que eles o ajudem a "colocar a cidade de pé" antes da chegada prevista para os próximos dez dias de pelo menos 200 mil moradores que deixaram suas casas praticamente submersas pelas águas que saltaram do Rio Mississippi e romperam diques de proteção.

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"O cenário que encontramos é desolador", disse um lojista que tentava restaurar as vitrines de seu estabelecimento. Tanto os comerciantes quanto os demais habitantes vão se deparar com uma cidade mudada, fortemente patrulhada por soldados da Guarda Nacional, postos de checagem em todos os cantos e sérios problemas no fornecimento de água e abastecimento de comida.

Além disso, uma vasta área de New Orleans, estimada em 40% de seu perímetro urbano, continua inundada e inabitável. Muitos corpos de vítimas do Katrina ainda não foram resgatados nessas regiões, segundo o prefeito Rai Nagin. As autoridades sanitárias federais estimam em mais de 800 o total de mortos.

Mesmo diante desse quadro ainda dramático, Nagin luta para que a vida se normalize. Para tanto, ele acredita ser absolutamente necessário a reabertura das lojas, restaurantes e bares e outros tipos de comércio. Quanto à segurança, ele tranquilizou os comerciantes, ressaltando que o número de patrulhas nas ruas da cidade é suficiente para inibir qualquer tentativa de saque. Ele disse também que muitos hospitais já estão funcionando normalmente. "Quanto mais cedo o comercio funcionar, mais cedo a vida da cidade vai se normalizar", concluiu.

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